CULTURA DA SUSTENTABILIDADE | O FUTURO É ANCESTRAL


Há décadas falamos em sustentabilidade, mas ainda a tratamos como algo
externo, distante, quase um acessório. No entanto, só conseguimos mudanças
reais quando estas se transformam em cultura, quando moldam hábitos, valores e
comportamentos cotidianos. Sustentabilidade não é apenas técnica, é
pertencimento: reconhecer que fazemos parte de um todo maior, que o equilíbrio
da Terra é também o equilíbrio de nossas próprias vidas.


Nesse sentido, o futuro precisa dialogar com o passado. O modo de produção
ancestral oferece pistas para repensarmos o presente. Bioconstrução, economia
circular, embalagens retornáveis e práticas comunitárias não são inovações: são
resgates. Por muito tempo vivemos de forma integrada com o ambiente, criando
soluções simples, eficazes e respeitosas. Reaprender com esse legado é essencial
para reconstruir a relação de harmonia entre ser humano e natureza.

Imagem aérea Arraial do Cabo


A cultura da sustentabilidade deve estar entranhada em cada escolha diária — do
consumo à mobilidade, do alimento à energia. O desafio é imenso: produzimos
mais do que a Terra pode regenerar. Por isso, é urgente adotar um compromisso
coletivo, onde responsabilidade individual se soma à responsabilidade
institucional. Trata-se de promover justiça climática, garantindo que a preservação
do planeta também reduza desigualdades sociais.


O campo cultural é exemplo emblemático desse dilema. Festivais, shows e grandes
eventos movimentam multidões e recursos, mas muitas vezes deixam atrás de si
rastros de poluição, resíduos e impactos ambientais. Incorporar práticas
sustentáveis nessas experiências é fundamental para que a própria cultura, os
eventos culturais, seja também ferramenta de transformação.


Reforçar a cultura da sustentabilidade significa reconhecer que O FUTURO É
ANCESTRAL. Povos tradicionais guardam conhecimentos que são chave para a
preservação da vida. Escutar suas vozes, respeitar seus modos de viver e trazer
seus ensinamentos para o centro do debate é um caminho inadiável. Só assim
poderemos criar uma cultura que não apenas celebra a existência, mas também
garante sua continuidade.

Vinicius Fonseca, Especialista em Negócios Sociais pela Fundação Dom Cabral – FDC; Provedor de Soluções da C40; Membro do Conselho de Comunidades, Novos Negócios e Economia solidaria da Associação comercial do Rio de Janeiro – ACRJ, idealizador do SUSTENTA, Selo de sustentabilidade para grandes eventos (Gestão de resíduos, neutralização de Carbono e tokenização de ativos verdes), Diretor Executivo da INN.

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