Monopólio pesa no bolso: tarifa da Salineira sobe para R$ 7,60

A partir de amanhã, os passageiros que utilizam o transporte intermunicipal da Auto Viação Salineira sentirão um novo peso no bolso. A tarifa, que hoje custa R$ 7,05, passará a ser R$ 7,60, um aumento de R$ 0,55. Embora o reajuste possa parecer pequeno à primeira vista, a medida representa mais um custo adicional para os trabalhadores e moradores da Região dos Lagos, especialmente para aqueles que dependem da linha Arraial do Cabo x Cabo Frio, uma rota de apenas 10 quilômetros.

Um aumento que não se justifica

  • Frota envelhecida e sem manutenção adequada;
  • Superlotação em horários de pico;
  • Frequência irregular de ônibus;
  • Falta de acessibilidade para pessoas com deficiência.

Os passageiros, que já pagam uma das tarifas mais caras do estado em relação à distância percorrida, questionam a coerência desse reajuste, especialmente na linha que liga Arraial do Cabo a Cabo Frio, um percurso curto, mas com um custo por quilômetro elevado. Para efeito de comparação, a tarifa urbana em cidades como Rio de Janeiro e Niterói gira em torno de R$ 5, valor significativamente menor para percursos muito mais longos.

O impacto para quem precisa do transporte todos os dias

Para quem depende do transporte público diariamente, o aumento representa um custo adicional que, somado ao impacto da inflação, pesa no orçamento familiar. Trabalhadores que fazem esse trajeto de segunda a sexta terão um gasto mensal superior a R$ 304,00, apenas com passagens.

Enquanto os usuários pagam mais, a qualidade do serviço continua estagnada. A ausência de concorrência no setor faz com que a Salineira mantenha o monopólio da operação, sem necessidade de aprimorar a frota ou oferecer um serviço mais eficiente.

Sem alternativas viáveis para a população

Arraial do Cabo e Cabo Frio carecem de alternativas reais de transporte coletivo. A ausência de ônibus municipais, linhas de integração ou tarifas diferenciadas para moradores agrava a situação. Sem concorrência e sem fiscalização eficiente por parte do poder público, os passageiros seguem reféns de aumentos sucessivos e de um serviço precário.

A quem interessa esse reajuste?

O transporte público deveria ser um direito básico e acessível, mas, na Região dos Lagos, ele se torna um privilégio caro. A pergunta que fica é: até quando os usuários terão que arcar com reajustes sem contrapartida em qualidade? Sem alternativas viáveis e sem fiscalização rigorosa, o cidadão continua pagando mais por um serviço que não melhora.

Redação: Brendow Lincoln

Fundador do Folha Cabista, consolidou o projeto como agência de marketing digital e agência de viagens cadastrada no Cadastur, promovendo pacotes turísticos para Arraial do Cabo e outros destinos. Com forte atuação na comunicação e turismo

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